Ensinar matemática para crianças pode (e deve) ser uma experiência prazerosa, cheia de descobertas, movimento e diversão. A matemática está presente em nosso dia a dia de forma natural, e uma das melhores formas de apresentar seus conceitos é por meio de brincadeiras educativas. Quando bem conduzidas, essas atividades lúdicas ajudam a desenvolver o raciocínio lógico, a concentração e o interesse pelo conteúdo matemático.
Neste artigo, você vai aprender 7 brincadeiras fáceis de aplicar em sala de aula ou em casa que ensinam matemática de forma leve e eficaz.
1. Amarelinha com Números
Objetivo: Trabalhar ordem numérica, contagem e equilíbrio.
Como fazer:
Desenhe a amarelinha tradicional no chão, mas com números embaralhados ou até somas simples dentro de cada quadrado. A criança só poderá pular na sequência correta ou no resultado certo da conta.
Exemplo:
Ao invés de 1, 2, 3…, coloque:
“2+1”, “5-2”, “1+4”, etc.
A criança deve resolver e pular na sequência certa.
2. Caça aos Números
Objetivo: Estimular a atenção, reconhecimento numérico e coordenação motora.
Como fazer:
Espalhe números pela sala (papéis com números colados nas paredes ou no chão). Dê comandos como:
– “Ache o número 7!”
– “Pule até o número que vem depois do 3!”
Essa brincadeira pode ser feita com números simples ou em forma de desafio, como “o dobro de 4”.
3. Bingo Matemático
Objetivo: Trabalhar operações básicas e concentração.
Como fazer:
Crie cartelas com resultados de contas (números de 0 a 20, por exemplo).
O professor sorteia operações, como “3 + 4” e “10 – 2”, e os alunos marcam os resultados corretos.
Dica extra:
Para alunos mais velhos, use multiplicações ou divisões.
4. Jogo do Maior e Menor
Objetivo: Comparar números, identificar maior/menor, trabalhar noções de ordem.
Como fazer:
Distribua cartões com números para as crianças. A cada rodada, peça que formem uma fila do menor para o maior ou do maior para o menor.
Pode ser feito com pares ou em grupo, incentivando a colaboração.
Variação:
Use objetos para representar quantidade e trabalhar o conceito visual de grandeza.
5. Corrida da Tabuada
Objetivo: Fixar a tabuada de maneira ativa.
Como fazer:
Monte um percurso com estações numeradas. Em cada estação, a criança só pode avançar se acertar a conta da vez.
Exemplo:
– Estação 1: “2 x 3 = ?”
– Estação 2: “5 x 4 = ?”
Cada acerto garante o avanço. Quem chegar ao fim primeiro, vence.
6. Boliche da Soma
Objetivo: Trabalhar adição e contagem.
Como fazer:
Use garrafas PET numeradas (de 1 a 10) como pinos.
Cada criança joga a bola e soma os valores dos pinos que derrubou.
Quem fizer mais pontos em três rodadas vence.
Dica:
Use essa mesma lógica para trabalhar subtração ou até multiplicação.
7. Loja de Brinquedos Fictícia
Objetivo: Trabalhar sistema monetário, noção de valor e cálculo simples.
Como fazer:
Monte uma “loja” com brinquedos fictícios (ou de verdade).
Crie dinheirinhos de papel e dê a cada criança um valor.
Elas poderão “comprar” itens e terão que calcular troco, soma e o que conseguem adquirir com o dinheiro que têm.
Benefício extra:
Essa brincadeira também desenvolve habilidades sociais e tomada de decisões.
Como potencializar os resultados
Para que essas brincadeiras tragam resultados reais no aprendizado:
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Relacione sempre o conteúdo da brincadeira com o que está sendo trabalhado na aula.
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Promova a repetição sem ser monótono — usando variações do mesmo jogo.
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Dê espaço para que os alunos criem suas próprias versões da brincadeira.
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Valorize o esforço, o raciocínio e a colaboração, mais do que a competição.
Brincar é aprender com prazer
Brincadeiras educativas como essas provam que é possível ensinar matemática sem sofrimento. Pelo contrário: ao usar o lúdico como ferramenta, despertamos o interesse espontâneo pelo conteúdo, promovemos a autonomia intelectual e transformamos a sala de aula em um ambiente mais leve, dinâmico e afetuoso.
E o melhor de tudo: essas atividades são simples, não exigem grandes recursos e podem ser adaptadas a qualquer faixa etária e necessidade.